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segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Falas da Vida

Certa noite, estava pensando sobre o turbilhão de sentimentos que nos assolam as vezes, e que sem explicação, somem e ainda nos remete a passados que lembramos somente quando estamos sozinhos. Eis que ouço uma música:

"Foi nos bailes da vida ou num bar
Em troca de pão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De tocar um instrumento e de cantar
Não importando se quem pagou quis ouvir
Foi assim

Cantar era buscar o caminho
Que vai dar no sol
Tenho comigo as lembranças do que eu era
Para cantar nada era longe, tudo tão bom
Pé a estrada de terra na boléia de um caminhão
Era assim

Com a roupa encharcada e a alma
Repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo está
Se foi assim, assim será
Cantando me desfaço e não me canso
De viver, nem de cantar"

Milton Nascimento fala sobre os seus instrumentos maiores, o canto e a composição, e a relação com o tempo e sua dimensão. A vida é sempre assim, a força do ínicio sempre existe para impulsão, que nos leva muitas vezes por um bom tempo. E para fazer o que se gosta, ou com quem se gosta, não há problema no mundo, não há distância, não há dificuldade que não possa ser superada.

E, por fazer o que se gosta, ou por quem se gosta, não nos cansamos de viver, nem de lutar. E o fluxo vital continua levando para envolvimentos sempre cada vez maiores.

Tenho notado que meus textos estão sempre se referenciando em letras de música e que, alias, já se tornaram parte dos meus devaneios. Não sei o motivo, e nem pensei nisso anteriormente, apenas começou a acontecer, talvez pela facilidade de relacionar assuntos, talvez pela completa falta do que fazer. Sei lá. Creio que a música é uma grande forma de conduzir as idéias, e elas nos levam exatamente onde o povo está, e é lá que o artista tem de ir. Isso acaba de me recordar outra música, dessa vez, gravada por Chitãozinho & Xororó:

"O grande Mestre do céu, nosso Criador
Quando nascemos um dom nos dá
E cada um segue a vida,o seu destino
E nós nascemos só pra cantar.

Iê iê ih ih ih ih iê, iê iê iê iê.
Iê iê ih ih ih ih iê, iê iê iê iê.

Quem canta os males espanta a gente é feliz
Tal qual um pássaro livre no ar
Pensando bem nós temos algo em comum
Porque nascemos só pra cantar.

Disse o poeta: O artista vai onde o povo está
Por isso cantamos, a qualquer hora, em qualquer
lugar."

O poeta citado seria o Milton Nascimento em sua música anterior ou teria ele também referenciado alguém? De qualquer forma, devemos sempre ter liberdade real na vida, livre de nossas próprias amarras, conceitos e 'pré-conceitos', pois cada um segue a vida e o seu destino, nascendo ou não para cantar.

E outra figura já carimbada de meus textos aparece: Deus! Sim, ele é o grande Mestre do Céu, o nosso criador, aquele que nos dá dons e apenas nos pede que os desenvolvamos. Dom é um bem preciso, que ninguém pode tirar; um presente com nome gravado. Vida é um dom, assim dentre tantos, e não podemos brincar com a nossa. Devemos sempre refletir que "existem pessoas que esperam apenas, existem aqueles que esperam e agem", e aqueles que nem esperam (ou fingem). Ouvi isso de uma pessoa que respeito muito, pois a afirmação foi referente a comodismo que assumimos a maioria das vezes que esperamos, e esquecemos de que nossos dons são para serem evoluídos e utilizados, e não agimos.

Pare para respirar: será que você está acomodado? Os braços cruzados são de quem não liga se algo não acontecer, ou de quem não quer se esforçar para que aconteça? Ou seria ainda medo de arriscar, de não se envolver ou decepcionar com que se espera que aconteça?

A vida passa meu jovem, e o entusiasmo inicial, caso tenha sido perdido, deve ser revigorado ou até imitado; o que não se pode é ficar realmente parado. Tenho medo e braços cruzados, sabe. Mas tenho pensado em botar em prática, em arriscar. Por isso, a partir de agora, eu canto a qualquer hora e qualquer lugar.

Um boa semana!

1 Comente:

At segunda-feira, fevereiro 18, 2008 9:33:00 AM, Blogger Carla disse...

boa semana nobre vagabundo
e, sem dúvida, que arriscar é fundamental principalmente ao som de músicas tão belas

 

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